No dia em que o incêndio na boate Kiss completa 28 meses, familiares de vítimas participam de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado. O encontro, que começou por volta das 9h30min ainda está em andamento no Plenarinho da AL, em Porto Alegre. A audiência foi marcada para falar sobre a assistência à saúde dos sobreviventes e também sobre a atuação do Ministério Público no caso.
Até às 11h30min desta manhã, a tônica das discussões era a indignação dos familiares sobre a investigação e trabalho dos promotores no processo criminal sobre o incêndio. Com o plenarinho lotado (a capacidade é para 180 pessoas), o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sergio da Silva, se exaltou e se emocionou ao falar do assunto. Nas paredes, cartazes com pedidos de Justiça e fotos das vítimas. A associação cobrou o que a prefeitura fez em relação aos servidores que foram apontados pela Polícia Civil no inquérito. Diante de integrantes da Comissão de Direitos Humanos da assembleia, a AVTSM criticou a ação do MP, que segundo os pais, desconsiderou, em boa parte, o resultado do inquérito policial ao fazer a denúncia.
Os familiares das vítimas também levaram aos deputados que compõe a Comissão de Saúde da AL, queixas quanto ao atendimento aos sobreviventes. Segundo a AVTSM, as pessoas em tratamento reclamaram da troca de profissionais que faziam o acompanhamento dos casos.
Um dos momentos de mais emoção ocorreu quando a associação exibiu um vídeo de três minutos com fotos da vítimas.
Participam da audiência, integrantes das comissões de Saúde e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública do Estado, da Secretaria de Saúde de Santa Maria e da ONG La Vida, da Argentina.
*Com informações da assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa